Dormir mal e o envelhecer precoce

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Distúrbios do sono podem atrapalhar o equilíbrio corporal e favorecer o envelhecimento celular. Dormir pouco, dormir mal, acordar várias vezes a noite, dormir em horários irregulares, não faz bem para as nossas células, componentes primários  essenciais de todos os nossos tecidos e órgãos.

Um dos problemas do sono mais comuns é a síndrome da Apneia obstrutiva do sono (SAOS), que geralmente acontece associada ao ronco, barulho que atrapalha quem tem e mesmo quem não tem, nesse caso, o seu companheiro de cama. É uma condição séria que pode afetar a capacidade de uma pessoa em executar com segurança as atividades diárias normais e pode afetar a saúde em longo prazo.

A Apneia obstrutiva do sono é uma desordem importante porque os pacientes estão em risco aumentado para o déficit cognitivo e para disfunção de outros sistemas orgânicos, devido à hipoxemia (pela queda de oxigenação secundária as paradas respiratórias) durante o sono ao longo de meses e anos, fragmentação do sono e alterações autonômicas (no sistema nervoso autônomo das pessoas acometidas).

Diversos estudos revelam que a falta de oxigenação intermitente durante a noite favorece um estado inflamatório celular, maior atividade em metabolismo anaeróbio, uma descarga intensa de pró-oxidantes e o corpo não consegue equilibrar seu mecanismo de proteção com seus antioxidantes naturais. Dispara-se a prematuridade do processo de morte celular.

Esse ciclo vicioso de hipóxia intermitente e inflamação celular, promove liberação de citocinas e moléculas de adesão, com estímulo de fatores que promovem injúria e disfunção endotelial, gerando lesão vascular. Por isso também, em pacientes que roncam e tem apneia, a pele é menos vascularizada, desaparece o viço natural e os sinais de envelhecimento precoce são impulsionados.

Além disso, naqueles roncadores e apneicos, o aumento de peso é muito comum e existem muitas explicações pra tal, desde menor capacidade de exercício nos apneicos, mais cansaço, menor aptidão para o exercício e também fatores endócrino-metabólicos como acontece com a leptina. A leptina, substância que inibe apetite e ativa o gasto energético, oferece um papel na manutenção do peso corporal e geralmente está aumentada na SAOS, por conta de resistência a ação periférica desta substância, independente do peso. O excesso de leptina também influencia negativamente o hormônio do crescimento, o GH, que exerce efeito protetor celular e declina aproximadamente 14% a cada década de vida após os 20 anos de idade.

Dormir bem é definitivamente importante medida antienvelhecimento.

O diagnóstico é realizado através da conversa com seu médico e confirmado através da polissonografia, exame do sono que pode ser feito no laboratório do sono e na sua casa.

Cuide do seu sono. Cuide de você.

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